quinta-feira, 30 de junho de 2016

Eu Sou Istambul

Houve um atentado? Não parece! Não há propagação do Eu Sou Istambul, não há mensagens repetidas no Facebook e Instagram, não há marchas, não há choros na televisão, não há reportagens sobre todos os pormenores, os noticiários não abrem a emissão a falar sobre o assunto...

Pfff o que interessa, só morerram 42 pessoas e ficaram feridas 240 e é lá tão longe, não são bem pessoas como nós, além disso, está a dar o Europeu de futebol e a Inglaterra saiu do Euro. 

É muito triste e revoltante!!!


5 comentários:

  1. Já tinha parado para pensar um bocado nisto. O Ocidente (ou os Ocidentais) tem um bocado a mania de se colocar num patamar elitista, restrito, onde não chega quem quer, mas apenas quem "nós" permitimos que lá chegue. Nesse sentido, os Turcos e outros que tais acabam por ser vítimas de alguma discriminação. É triste, mas é verdade.

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    1. No dia a seguir liguei a tv na expectativa de saber mais sobre o que se passou e... nada, acho que foi a 3ª notícia. Basta comparar com o mais recente, em Orlando, para se perceber a gigante diferença.
      Têm mesmo razões para se sentirem discriminados porque são mesmo, dá-lhes a sensação que entendemos que o sofrimento não é bem o mesmo, e é! É exatamente igual, a empatia e o agir do Ocidente é que é muito diferente :(

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    2. Isso acaba por ser muito parecido com o afogamento daquele menino sírio, o Aylan. Até ali, o Ocidente ignorava o que acontecia nos mares Egeu e Mediterrâneo. Depois apareceu aquela imagem de um menino que até parecia ocidental. Os outros, que tinham aspecto de originários do Médio Oriente e de monhés e que o antecederam, não interessaram a ninguém. É a "nossa" forma de nos preocuparmos com os outros seres humanos. Somos todos iguais, mas há uns mais iguais que outros...

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    3. Nem me fales dessa situação tão triste... e o que se usou essa imagem para propaganda, como se não estivesse ali um pequenino sem vida...
      São as classes palermas da sociedade, neste caso do mundo, onde há cidadãos de primeira e outros de segunda, ou décima!

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    4. E se essa imagem, tantas vezes difundida que chegou ao ponto de já ninguém querer ligar a televisão com medo de voltar a bater de frente com ela, tivesse servido para alguma coisa... Mas a ajuda aos refugiados foi meramente episódica, como se todos nós não corrêssemos o risco de um dia nos vermos naquela situação e precisarmos igualmente de ajuda. É o mundo que temos. A solidariedade tantas vezes propagada pelos arautos da moral e da ética acaba logo no dia em que precisa realmente de ser posta em prática.

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