segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Erros de Português

Passo-me com certos erros de português, deixa-me assim para o #%$?#%*/#?. Não estou a dizer que não falho, claro que sim, a nossa língua tem tanto de rica como de complexa, mas há alguns erros em que a regra é tão simples que me custa vê-los repetidos tantas vezes.

Não tem nada a ver com o novo acordo ortográfico, nem vou dizer o que sinto em relação a esse abominável, estúpido e horrível acordo, não, não vou falar disso agora :D. O que se trata aqui são exemplos daquelas regras simples. Sempre que tenho dúvidas linguísticas vou pesquisar à Infopédia, é o único da internet em que confio totalmente.

A intenção NÃO É criticar ninguém, mas sim que tenha alguma utilidade. Vou aqui deixar uma lista dos que mais identifico:

- A dúvida entre "há" e "à". O "há" usa-se quando estamos a falar de algo temporal ou quando estamos a usar o verbo "haver", como "Já não te via há anos" ou "Há muito tempo que não ouvia isso" ou "Há pão na cozinha?". Todas as outras situações são com "à".

- Não existe "á" sozinho. Ou é o "há" ou "à". Pronto!

- Escrever "-te" no Pretérito Perfeito. Exemplo: "tu ontem falas-te com ela?" está incorrecto, é falasteComo é escreveste, sonhaste, comeste, etc. 

- Não escrever "-te" no Presente. Exemplo: "tu lembraste do sonho?" está incorrecto, é lembras-te

- Pior é o "tes" no Pretérito Perfeito. Exemplo: "tu levastes a toalha para a praia" está incorrecto, é levaste.

- Prontos não, por favor, é Pronto sem "s"

- Não tem nada haver com isso. Não é haver, mas sim, a ver

- Este, então, tira-me do sério, o "voçê". Haverá regra mais simples do que: o "C" antes do "E" e do "I" NUNCA leva cedilha, tipo nunca, não há dúvidas!
- Quando nos referimos a algo que nos aconteceu no passado não se utiliza o "-mos". Sempre que a palavra tem este formato, como "ontem ganhámos o jogo", a palavra é junta.

- O contrário acontece com o "-nos". Sempre que a palavra tem este formato, como "leva-nos a jantar fora", a palavra é separada com o tracinho.

- Podes querer. Nada disso, é podes crer, idêntico a podes acreditar.

- Deve de ser. O "de" não é necessário, é só deve ser. 

- Concerteza é que não é. É com certeza, ok!

Quero deixar claro que tenho observado estes erros em pessoas com diferentes graus académicos e sociais. Não é crítica a nenhum grupo em especial, é geral, mesmo.

Se se lembrarem de mais algum, agradeço a nota, esta publicação pretende ser dinâmica.


Ahhhh e se detectarem algum erro meu, agradeço que me digam, mas agradeço mesmo!! :)


24 comentários:

  1. Gostei da tua frase final pequenina, faz-me lembrar aquelas letras pequeninas dos contratos, aquelas que são mais importante que o contrato propriamente dito. Em relação aos erros confesso que também dou não por mal mas a pressa é inimiga da perfeição e não tenho tempo para rever. Mas também gosto que me digam.

    Não tenho nada a apontar.

    beijinhos e boa semana.

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    1. Então se vir algum mando um email a informar, ok?! Não ficas zangado, pois não? lol

      ***

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    2. Não teria razão e não ficarei nunca chateado por isso, todos os e-mail's são bem vindos e admito que de perfeito não tenho nada e erro muitas, mas só assim crescemos como pessoas, certo?

      beijinhos e boa semana.

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  2. Este post poderia ter sido escrito por mim! Detesto, odeio e enerva-me erros de português tão básicos! Juro-te que me passo com pessoas que dão 2 ou 3 erros na mesma palavra! Sim são mesmo 2 ou 3 porque eu já os vi --' e então quando são gajos a tentar as suas tiradas poéticas cheias de erros melhor ainda xD
    Para quem quem não sabes português não sabe nada...

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    1. lolololol... estou a imaginar poemas cheios de erros!!

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    2. Não queiras imaginar! Piores que filmes de terror xD

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    3. "piores do que"...

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    4. Pimba... Como é aquele ditado Português? Quem tem telhado de vidro não atira pedra ao vizinho 😁

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    5. Nisto do português acho que todos temos telhados de vidro, uns mais do que outros, é certo ;)

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  3. Obrigada pela aula, agradeço se escrever com algum erro me avises, logo logo, "tá"?Bjs

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  4. Ora aqui está uma cábula simples para os erros mais comuns!

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  5. Até parece um texto escrito por mim. Há dois dias escrevi um idêntico no Face Book. Coincidência? Não, senso comum e preocupação com a educação/instrução nas nossas escolas.
    Há muitos outros erros. Um muito comum, actualmente, é acrescentar um “s” às siglas, piorando ainda ao colocarem um apóstrofo antes, para fazerem o plural. As siglas não levam “s”; o que define o plural é o artigo definido que lhe antecede. O “’s” é o caso possessivo, na língua inglesa.

    Gostei de ler este seu texto. Apenas um reparo, neste ponto: “ - Escrever "-te" no Pretérito Imperfeito. Exemplo: "tu ontem falas-te com ela?" está incorrecto, é falaste. Como é escreveste, sonhaste, comeste, etc.”. Aqui não se trata de Pretérito Imperfeito, mas sim Perfeito; se fosse P. Imperfeito seria: falava, falavas, falávamos, faláveis, falavam.

    :)

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    1. Obrigada, tem toda a razão, é Pretérito Perfeito, já alterei!

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  6. Gostei imenso deste texto porque descreve na perfeição os desastres gramaticais que se vêm cada vez mais numa geração (na qual eu me insiro, atenção) que devia repensar as prioridades.
    Encontrei, no entanto, um erro mínimo. Ao afirmar "Não existe o "-mos".", passa a ideia de que, de facto, é uma forma gramatical incorrecta em qualquer situação, como se nunca se aplicasse. Ora, vejamos "Tens marcadores? Empresta-mos, por favor.". Neste contexto, não só é aceitável como certo que se utilize o "-mos".
    De resto, nada a apontar.

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    1. Tem toda a razão, Mariana, vou alterar o texto, obrigada pelo comentário!

      Fico contente que gostou :)

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  7. Obrigada pelas dicas. Também erro mas faço os possíveis para não fazê-lo.
    Só uma adenda: há um caso para o á: o ÁS das cartas. ;-)

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    1. Obrigada!! Colocou uma boa questão, por acaso tinha a ideia que esse AS não tem acento, mas já coloquei a questão à Infopedia.

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  8. Não sei se o primeiro ponto está inteiramente correto, eu não posso perguntar:
    "Há pão na cozinha?" isto não é relacionado com tempo, mas vem do verbo "haver".
    Ao generalizar dessa forma pode induzir em erro.

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    1. Tem razão! Utiliza-se o "há" também quando se pode substituir pelo verbo existir ou neste caso, haver. Vou alterar. agradeço o reparo ;)

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